quarta-feira, 21 de abril de 2010

mesmo sendo, eu mesma, o próprio silêncio...
sou a única voz...
a verdadeira voz do homem.
sou a portadora das frases nunca ditas, das predileções inéditas, e criadora das frases mais bonitas desse mundo aí.
Ele, o homem-palavra, ele mesmo disse (e sabe)
sobre verdade e o amor do novo tempo.









Learning To Live - Dream Theater

terça-feira, 13 de abril de 2010

para sempre, pelo ralo.

Hoje vim cantar uma canção de horror
Com as piores vozes do mundo
Exorcizo agora, todo o rastro
Que me embrulha o estômago
Polui mente e sangue
Não suporto ler nem ver.








Un Fantasma Tra Noi - Lacuna Coil

sábado, 10 de abril de 2010

superfluous, common

Not sweet enough
Not thin enough
Not pretty enough
Not kind enough
Not quiet enough
Not clever enough
Not simple enough
Not short enough
Not graceful enough
Not atheist enough
Not absent enough
Not insensitive enough
Not superficial enough
Not different enough
Not special enough
Not hopeful enough
Not resigned enough
Not young enough
Not perfect enough
Only human enough to be me.





3 Libras - A Perfect Circle

quinta-feira, 8 de abril de 2010

mulher esqueleto

"Ficar deitado inerte, apenas sonhando com um amor perfeito, é fácil. É uma espécie de anestesia da qual talvez não nos recuperemos nunca, a não ser para agarrar impiedosamente algo de valor, apesar de estar além da nossa percepção. Para os ingênuos e os feridos, o milagre dos caminhos da psique está em que, mesmo que você não se empenhe muito, que você seja irreverente, que não tenha essa intenção, que realmente nem esperasse por isso, que não queira, que não se sinta digno, que não se sinta pronto, você irá topar, por acaso, com o tesouro. Depois, cabe à sua alma a tarefa de não ignorar o que veio à tona, de reconhecer o tesouro pelo que ele for, não importando o quanto sua apresentação for inusitada, e de refletir com cuidado a cerca do que fará em seguida."

(maravilhosa clarissa)



Silent friend of many distances, feel
how your breath enlarges all of space.
Let your presence ring out like a bell
into the night. What feeds upon your face

grows mighty from the nourishment thus offered.
Move through transformation, out and in.
What is the deepest loss that you have suffered?
If drinking is bitter, change yourself to wine.

In this immeasurable darkness, be the power
that rounds your senses in their magic ring,
the sense of their mysterious encounter.

And if the earthly no longer knows your name,
whisper to the silent earth: I'm flowing.
To the flashing water say: I am.



R.M.R.





Take Away My Pain - Dream Theater

quarta-feira, 7 de abril de 2010

quem canta seus males espanta

A “beleza” vale-se de todos os nossos sentidos, e ainda assim, não é absoluta e nem completa.
John Locke observou que tudo o que sabemos sobre o mundo vem do que vemos, ouvimos, cheiramos, tocamos ou degustamos. Assumimos assim, que o mundo seja exatamente como o percebemos. Porém, diversas experiências em distorção sensorial mostram que não é verdade, e talvez as mais convincentes sejam as que envolvem a ilusão óptica – o que leva a crer também, que os olhos são, entre os sentidos, o que é mais facilmente confundido.
Wassily Kandinsky deixou-nos algumas considerações sobre a arte, o belo e o não-belo:
“Quero dizer que lhes acontece serem subitamente arrastados para longe das ‘novas feiúras’ e deixarem-se seduzir pelo charme de uma beleza mais ou menos convencional. Muitas vezes o ouvinte fica chocado (em relação à música, em especial à música nova, que vinha surgindo e alguns compositores que estavam sem dúvida muito à frente do seu tempo). Tem a impressão de ser projetado – como uma bola de tênis – por cima da rede que separa os dois parceiros: o partido do “Belo exterior” e o do “Belo interior”. (..)
“O ‘belo interior’ é aquele para o qual nos impele uma necessidade interior quando se renunciou às formas ‘convencionais’.
A beleza é para mim, incontestavelmente pessoal. Ela é algo que reverbera na origem dos sentimentos do observador, de forma a atingir a voz própria “Necessidade Interior”.
Quando Kandinsky fala das formas “convencionais”, refere-se ao academicismo, aos desejos de uma época, “regras” e tendências, que segundo ele (e eu concordo plenamente), “só nos desorientam e nos levam à incompreensão do que ela (a beleza) realmente é”.
Beleza é indefinível na forma de Lei. Muitas vezes, só haverá num experimento, uma amostra correta, e todas as outras serão exceções. Simplesmente – ou complexamente – não é generalizável.
Isso se aplica não apenas à criação e expressão pessoal, mas também na tomada de decisão se para si, algo é ou não belo. Os parâmetros desta decisão são internos e sagrados. Estes parâmetros são passíveis de mudanças. Ponto. Do ponto de vista da neurociência cognitiva, como diz Daniel J. Levitin sem seu livro “Uma Paixão Humana – O seu cérebro e a música”, nossos cérebros atualizam suas opiniões – sobretudo no que diz respeito à percepção dos estímulos visuais e auditivos – centenas de vezes por segundo, sem sequer nos darmos conta. Diz ainda, que lesões na área imediatamente atrás da testa podem originar alterações dramáticas de personalidade, roubando aspectos que nos são muito próprios.
Acho fascinante quando ele reafirma que a amídala é o centro emocional dos humanos. No decorrer do curso Antropomusica, li a respeito da laringe estar intimamente ligada ao pensar e ao ato criativo. Somando à afirmação de Kandinsky que “a música é por excelência ‘A Arte’ para exprimir a vida espiritual do artista”, penso que nós, humanos, não temos a mais vaga noção do poder de atuação do canto, em si, nos outros, no Universo inteiro.
Para mim, o que classificamos como “Belo” é, como no mito da caverna de Platão, apenas uma faceta do que é de fato em outro plano a Beleza em toda sua totalidade, em suas nuances, dimensões e demais aspectos imperceptíveis ao corpo físico. Assim como na observação fenomenológica de Goethe quando aplicada à música, que nos leva a crer que a música feita neste mundo – que passa pelo filtro humano que corresponde ao compositor – é na verdade uma espécie de “tema e variações”, um reflexo do que é na verdade a Música do Cosmos, que chega ao compositor através de “sonhos”, que o atingem diretamente na alma, sem depender dos sentidos do corpo físico.
O belo é tão importante para nós, por sermos intimamente ligados à natureza. Ele reverbera dentro de nós por vibrações simpáticas, e tem a ver com o que identifico com o meu desejo (que note, nem sempre está ligado à alegria, muitas vezes uma música ‘triste’ nos faz chorar, muitas vezes, de tão bela ela nos soa), e o que já é parte de mim. Assim como aquilo que frequentemente detesto no Outro, é também, aquilo que há de mais insuportável para mim, em mim mesmo.
O julgamento do belo envolve intuição, a reverberação interna com relação ao fenômeno observado. Tem a ver com comunicação. Já que o fenômeno simplesmente É, e independe de mim.
Neste julgamento, sofremos influência de fatores históricos, das tais “formas convencionais” acima mencionadas, da psique, e por exemplo, da ativação de neurônios ativados no ‘núcleo accumbens’ (parte de uma rede de estruturas envolvida nos sentimentos de prazer e recompensa).
Volto à Kandinsky: “Durante o período materialista, formou-se um homem incapaz de humildemente se colocar diante do fenômeno a ser observado. Este homem, jamais busca sentir a vida interior daquilo que observa, tão pouco permite que ela atue dentro de si. Ofuscado pelos meios exteriores, seu olhar interior não se inquieta com a vida que se manifesta com a ajuda desses meios. (...) Quando temos com alguém uma conversa interessante, procuramos penetrar nesse alguém, ficamos curiosos por sondar-lhe a alma, os pensamentos, os sentimentos. Na conversa, o processo ‘vibração> tímpano/olhos/nariz,etc (elementos físicos)> consciência (psique)> reação nervosa (fisiológico)...’ é secundário! O essencial é a comunicação de idéias e sentimentos”. O mesmo, na comunicação da música cantada e o ouvinte.
‘Onde’ as funções do cérebro coordenam suas diferentes regiões – fazendo-nos pensar, rir, chorar, tomar decisões – na verdade não nos interessa, a menos que o ‘onde’ fosse capaz de nos dar alguma pista do ‘como’ e ‘porquê’, que é o que busca a neurociência cognitiva.
Por tudo isso, discordo, de forma extremamente arrogante, de grandes filósofos que dizem que o Belo pode ser ensinado; que seja "o que é agradável à vista e ao ouvido"; que esteja nos olhos do observador.
Acredito, que, talvez, mais próximos estejam de poder estabelecer algum conceito ou classificação do ‘belo’ estejam aqueles que conseguem aproximar a física quântica e a espiritualidade.
Para mim, o que é belo, é o que eu sinto como belo, e é incontestável. Nessa hora, concordo com Platão, quando ele diz que “O Belo, é a Verdade”, e também com Kant, quando afirma que “o juízo de belo é anterior ao prazer”.




Navras - Don Davis

terça-feira, 6 de abril de 2010

pés sobre os cacos

O que se faz quando alguém adorável encanta, fascina, e depois de forma torturantemente gentil pede para não ser apreciada?
Quando há unilateralidade nos clamores?
Quando nada se sabe e tanto se quer?
Ser rosa, cantar, gritar (e ter que gritar baixinho) é muito difícil.
Acho que é assim que se aprende a ser casulo, e a sepultar sozinho um mundo inteiro.





Ruínas de Cartago - Several

cinza

Ontem, fiz quase tudo diferente do que planejei, mas escrevi bastante sobre uma questão complexa que me foi aberta. E cantei, ainda que eu mesma, não tivesse voz.
Andei na chuva, e chovendo eu mesma.
Rejeição, insegurança... onde fica o botão os que desliga?
E onde deposito todo o querer bem e atenção que ofereço, e os destinatários recusam tão friamente?
E a confiança que depositamos nos seres vivos, para onde escorre, quando quebra?
Ainda bem que nunca mais será Ontem novamente.
Quero e preciso tanto saber, sobre valor, sentimento, verdade... e onde eu tangencio tudo isso!
Pela rua, todavia, encontrei um itinerante, que no seu vaguear me olhou nos olhos e disse que, para ele, sou uma "geniozinha".
Nessa hora não me importei mais com meus pés molhados.



Grey Room - Damien Rice

segunda-feira, 5 de abril de 2010

cria atividade

Conheci um sujeito que dizia não gostar e nem crer em alquimia, sortilégio, adivinhações ou em poderes sobrenaturais. No entanto, este, foi sem dúvida alguma a pessoa que demonstrou bem diante dos meus olhos os mais extraordinários casos de ato (e desato) e conseqüência. Até então, jamais acreditei na possibilidade de alguém – neste mundo- ser capaz de perder duas vezes, a mesma coisa que nunca teve.

Ontem, conversei sobre isso com aquele peixe bem pequeno, mas muito perspicaz do meu convívio, e ele me explicou, que na verdade, tratava-se de um Ilusionista, facilmente confundido com Magos e Feiticeiros. Os ilusionistas, obviamente lidam com ilusões, e sem dúvida, iludem.

Há pessoas no mundo, que só querem entender as frases mais pontiagudas, contundentes, assertivas e até redundantes. O que surpreende, é que estas mesmas, muitas vezes, parecem não ter a capacidade de dar respostas a perguntas igualmente objetivas, e isso, também é ilusão.

Às vezes, no entanto, há ilusões que não vem de um profissional da área, e que são geradas pelo próprio expectador, que de tão pouco burro e pouco superficial, usa tamanha capacidade criativa, que acaba por crer no que imaginou, e imaginou simultaneamente ter visto ou ouvido (ou lido, que é as duas coisas ao mesmo tempo). Facilmente confundido também com o “bom entendedor” – a quem meia palavra basta.

Existe ainda, a picardia. Mas esta não estudei ainda, embora devesse ter pesquisado sobre a terça dela, para o bem da Harmonia. (Dois). Acabei priorizando o azul, desta vez.

A mim, embora facilmente iludível, meia não basta. Quis a palavra inteira.



You fool no one - Deep Purple

sábado, 3 de abril de 2010

Pintor que lê e escreve

A Grande Questão Da Vida, do Universo e Tudo o Mais
por Betocampos e parceria involuntária de Douglas Adams

No princípio era a Consciência*. Ela vagava pela infinidade multidimensional do universo e, depois de algumas eras, achou tudo um saco. Depois de ter criado o Tédio, a Consciência inventou a Vontade e disse: “haja luz”. E acabou inventando também a Palavra.

Essa fábula não é sobre a criação do mundo, mas da Diversão. É uma análise mais ou menos objetiva sobre o dia em que a Consciência teve vontade de se divertir e decidiu criar um joguinho, que para fins práticos, chamaremos aqui de Gerador de Possibilidades Infinitas. Precisamente nesse dia a Consciência se sentia como um filho único numa tarde chuvosa de domingo. Que sem nenhuma Vontade (ela gostou muito dessa invenção) de assistir ao Domingão do Faustão, decide brincar com sua massinha de modelar.

Desnecessário dizer, mas direi, que a Consciência a essa altura se sentia terrivelmente só, perfeitamente invisível, sem nenhum corpo para chamar de seu. Outro fato não menos importante, é que a massinha de modelar da Consciência é feita de coisinhas brilhantes e mágicas, que algumas pessoas mais tarde viriam a chamar de partículas subatômicas.
Uma coisa leva a outra e logo a Consciência estava perfeitamente feliz por ter criado sua primeira e infinitamente divertida Sala de Jogos: o Mundo das Potencialidade Infinitas. A sala em questão era um mais ou menos um complexo sistema holográfico de realidade virtual. A Consciência, muito criativa, pôs a sua massinha no centro da sala, e pôs umas cabines de imersão de realidade virtual ao redor. Quando ela entrava nessas cabines Ela enxergava sua massinha através de um ângulo quase completamente diferente do que era acostumada a ver. Ela foi instalando mais e mais cabines de realidade virtual, e ela chamou esse tempo em que ficava dentro da cabine, sem comer ou beber e se segurando pra não ir ao banheiro de Experiência.

Como disse, a Sala de Jogos era infinitamente divertida, e logo se tornou o cômodo preferido da casa da Consciência. E é compreensível que a Consciência, sendo Tudo no Universo, inclusive Nada, às vezes tinha vontade de se expressar, mas tinha medo que alguém a achasse meio louca, falando sozinha por aí. Porém não era assim na sala de jogos. Lá ela jamais se sentia só: jogava online com uma infinidade de jogadores em tempo real. Claro, todos os jogadores era ela mesma, sabia disso, mas dentro da cabine, se programava pra não lembrar disso. E deu a isso o nome de Faz de Conta.

Ela não conseguiu parar de experimentar essas cabines, e ver a massinha tomar formas completamente inusitas, cada vez que ela olhava através dos monitores da cabine. No fundo Ela sabia que mesmo tendo imagens diferentes em cada monitor, o que ela realmente via era a sua massinha. E ela gostou muito da Experiência, a sua mais nova invenção. E pode logo perceber que a Experiência em cada cabine afetava a imagem nos monitores das outras cabines, um fenômeno trivial que Ela chamava de Padrão de Interferência de Onda.

E como se divertia muito, ela nunca mais parou de instalar novas cabines de realidade virtual na sala. Dizem que hoje em dia ela conta com umas 6 bilhões de cabines intaladas ao redor da sua massinha. E foi assim, por puro acaso que Ela contraiu TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).

Uma implementaçãozinha ali, um upgradezinho aqui e o sistema auto-referenciado (também chamado de Cérebro) foi ficando cada vez mais sofisticado, até mesmo para a infinita compreensão da Consciência. Ela não gosta de falar nisso, mas a verdade é que a sala de jogos afetou de leve sua personalidade. Já se ouviu à boca pequena que Ela anda apresentando sinais de Transtorno de Personalidade Múltipla... mas são só boatos. Se bem que, se a Consciência é tudo, ela também pode ser Louca.

Como todo jogo, o Mundo das Possibilidads Infinitas tem regras. E até premiação para os scores mais altos.

KIT DO JOGADOR
A Cabine Holográfica de Imersão de Realidade Virtual é programada para ter uma vida útil. Entre 60, 80 120 anos no máximo para aquelas fabricadas na Japão. O kit do jogador inclui ainda uma memória de emergência, onde ele pode salvar o jogo, em caso de acidente, ou fim da vida útil de sua cabine, poder levar informações para a próxima cabine.

OBJETIVO
O objetivo do jogo é responder satisfatoriamente as seguintes perguntas: Quem sou eu? Qual meu destino na vida? Em alguma escala cósmica, faz alguma diferença se hoje eu resolver não me levantar e ir trabalhar? Resumindo, faz mais pontos quem melhor conseguir compreender Grande Questão da Vida, do Universo e Tudo o Mais.

O segundo lugar no score pertence a uma famosa unidade auto-referencial conhecida por Albert Einstein. Embora haja rumores pelos corredores do contínuo espaço-tempo dizendo que uma unidade francesa, Alain Aspect, já ultrapassou a marca de Einstein, por causa de uma proeza em 1982, revelando uma parte significativa do mistério. Portanto Einstein cai pra terceiro no score e Aspect sobe para a segunda posição.

O primeiro lugar, como todos sabem pertence a Orca do Parque SeaWorld, que num gesto de extrema lucidez, matou a treinadora, no dia 25 de fevereiro de 2010 d.C. fazendo por merecer sua fama de assassina. Ganhou bônus extra por seu elevado senso de justiça e sua extraordinária habilidade de entreter uma platéia.

Não se sabe exatamente porque, e a observação pode não ter nenhuma importância, mas o Mundo das Possibilidades Infinitas, tem um papel velho de pão pregado na porta, com os seguintes dizeres, excritos em esferográfica azul: “É MAIS IMPORTANTE ESTAR FELIZ DO QUE ESTAR CERTO.” Guia do Mochileiro das Galáxias, pág 183.

*Por questões religiosas, a palavra “Consciência” pode perfeitamente ser substituída por “Deus”, “Tupã”, “Hans Donner”, “Alá”, “Universo”, dependendo de seu credo ou falta de.



Parabola - Tool

inuit

"(...) numa das culturas de caça mais notáveis do planeta, o amor não significa um flerte ou uma procura de mero prazer para o ego, mas um vínculo visível composto da força psíquica da resistência, uma união que prevalece na fartura ou na austeridade, que passa pelos dias e noites mais simples e complicados. A união de dois seres é considerada angakok, mágica em si mesma, como um relacionamento através do qual "os poderes que existem" se tornam conhecidos aos indivíduos.
(...)


(Clarissa Pinkola Estés)






Jivatma - Aghora

quinta-feira, 1 de abril de 2010

do encontro

Meu abraço não aceita um dia
Só entende o agora
pois urge o devorar da alma.





Violin and Piano Sonata Op.108.4 - Brahms